Agitam-se as horas ao som do relógio e as estrelas do céu anunciam o dia que há-de chegar. É noite, o vento miúdo sopra nas folhas das árvores, os gatos indigentes desafiam a fome, procurando algures a próxima refeição, e o sono bandido bateu-me à porta... As luzes das casas alheias apagam-se ao ritmo dum requiem que ninguém compreende, e as estrelas brilhantes deslizaram sobre o céu despido. Um cigarro anuncia a despedida de mais um dia e fere fatalmente o que há-de sofrer. O fumo sobe, levando consigo lamentações do passado, e o sono já não encontra barreiras à sua vitória. Perco a força nas mãos, os dedos recusam-se a obedecer. Os olhos pesam, ó se pesam, e a realidade transfigura-se em sonho, um sonho amargo com contornos de pesadelo. A cabeça tomba. É o fim, acabou, estendeu-se um prólogo sem história a montante. Não dá para continuar. O som do relógio bloqueia-me a mente. Estou acorrentado... inebriado pelo equilíbrio dos segundos... Morreu-me este dia...
sexta-feira, maio 02, 2008
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1 comentário:
Paulo_________meu querido
.destruo os relógios
que teimam
em dizer_____algo____do amanhã
quero
as horas____com o olhar
do horizonte_____de agora
sentindo______...
um leve vestígio de mãos
e
cansaço
quietude reflectida___na
lenta memória
dos_______segundos
.partidos____os ponteiros
traço_____um ângulo de luz
que _____rompe_____num sonho
.e
pendurado está
não sei____se para ontem
ou_______para agora!!!
pois.na.verdade.destrui.
os.relógios_____..._____
BeijO
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