sábado, outubro 13, 2007


O poeta que não sente

é o amante que não mente,

Na mentira está a verdade

e o sentir é a saudade.


Esta prosa foi perdida,

jaz no túmulo esquecida,

foi-se em versos doutro tempo...

encurtou o pensamento.


Sofrer por sofrer é amar

e no amor vive o odiar

Só que o ódio cai sozinho,

sentimento mais mesquinho.


O sol queimou as vestes

dum poeta sonhador,

dum poeta amargurado,

a esperanças agarrado!

3 comentários:

sombra e luz disse...

Bom...bom...bom...
(poemas em morse também é giro...)

Fico contente que tenham voltado as palavras...e que tenham permanecido as imagens!...
A sua poesia está mais rica... e nós aproveitamos...
Agora, porquê em morse? isso é que
me intriga!...

Amor e ódio, é?...
Verdade e a mentira?...
Amargura e esperança?...

Anda o poeta, daqui para ali, e dali pr'acolá...sonha, pensa, sofre... a prosa jaz perdida! e a poesia ainda não nascida!...
Quatro quadras.
Caixas quadradas, cheias de palavras... serão elas sentidas, mentidas, ou vividas?
Não sabemos.

A imagem, por seu lado, é também curiosa! E muito menos tímida. Está até bastante divertida...Gosta de nos mostrar o seu pequeno número... está ali... mas vem de lá...e quer ir além...Enfim, comunica...

No seu conjunto o post de hoje parece-me bastante conseguido...
Orienta-se para uma nova linguagem, mais exigente e complexa...
logo mais fecunda...

E quando um rio corre...
é porque está a procurar o mar e... o poder de amar...

Boa noite poeta
Gostei.

Paulo disse...

"Sepultura das Palavras". As palavras ditas de outra maneira tornam-se, por vezes, em gritos de desassossego. Nessa "Sepultura de Palavras" há sempre a rossonância de labirintos de emoções e secretos segredos. Segredos que, muitas vezes, compartilham a "sepultura das palavras" até à eternidade....pois ninguém respondeu ao "grito" em tempo útil.
Abraço
.Paulo

Henrik disse...

Muitíssimo interessante este poema...sim senhor..desvaneceu-se o preconceito..:)